sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

FAMÍLIAS GASTAM MAIS QUE O GOVERNO COM SAÚDE, MOSTRA IBGE



As famílias brasileiras responderam por 56,3% das despesas com consumo final de bens e serviços de saúde no país entre 2007 e 2009, segundo dados da pesquisa “Conta Satélite de Saúde” divulgados nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



As despesas com consumo final de bens e serviços de saúde no Brasil atingiram R$ 283,6 bilhões em 2009, volume correspondente a 8,8% do Produto Interno Bruto daquele ano e que representou crescimento de 10,9% sobre 2007.



As despesas per capita das famílias com bens e serviços de saúde subiram de R$ 698,98 em 2007  para R$ 835,65 em 2009 – um aumento de 19,6%. Já os gastos do governo na administração pública (que inclui as esferas de governo federal, estadual e municipal) subiram de de R$ 502,36 em 2007, para R$ 645,27 em 2009, um crescimento, em valores correntes, de 28,4%.



Segundo o IBGE, a despesa das famílias com o consumo de bens e serviços de saúde teve um crescimento real (descontados aumentos de preços) de 5,3% em 2008 e de 3,5% em 2009. Já a despesa do governo com esses bens e serviços cresceu 6,3% e 5,2%, respectivamente.



Em 2009, as famílias gastaram R$ 157,1 bilhões em bens e serviços de saúde, o que representou 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Incluindo as despesas de instituições sem fins lucrativos, os gastos com saúde em todo o país em 2009 alcançaram R$ 283,6 bilhões – 8,8% do PIB.



As despesas da administração pública tiveram participação menor na economia no mesmo ano: ficaram em R$ 123,6 bilhões – o equivalente a 3,8% do PIB.



Itens mais consumidos

Na análise do ponto de vista de quais foram os bens e serviços de saúde mais consumidos pelas famílias foram com o grupo classificado pelo IBGE de "outros serviços relacionados com atenção à saúde", como consultas médicas e odontológicas, exames laboratoriais etc. (36,3% do total) e com medicamentos para uso humano (35,8%)



No caso dos itens mais consumidos da administração pública, 66,4% dos R$ 123,6 bilhões da despesa da administração pública foram para despesas com serviços de saúde próprios, como unidades públicas, secretarias estaduais e municipais de saúde e atendimento em hospitais universitários.



Já os gastos em unidades privadas contratadas pelo SUS responderam por 10,8%, enquanto os medicamentos para distribuição gratuita corresponderam 5,1% das despesas.



Renda e postos de trabalho

Segundo o IBGE, a renda gerada pela saúde cresceu 2,7% em 2009, abaixo da alta de 5,9% verificada no ano anterior. Com o crescimento, em 2009 as atividades de saúde foram diretamente responsáveis por uma geração de renda de R$ 173,3 bilhões, ante R$ 154,0 bilhões em 2008.



O levantamento aponta ainda que as atividades de saúde respondiam, em 2009, por 4,5% dos postos de trabalho no país, uma leve alta ante os 4,4% do ano anterior, resultado da geração de cerca de 115 mil novas vagas.



G1 e Paraíba agora.

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