A Secretaria de Estado da Saúde (SES) pede cuidado redobrado da população no combate aos focos do mosquito da dengue, para evitar que o tipo viral 4 (DENV-4) da doença chegue à Paraíba. O sorotipo, que há 28 anos não circulava no Brasil, vem se alastrando pelo país e já atinge três regiões (Norte, Sudeste e Nordeste), tendo pelo menos 20 casos notificados. Segundo a gerente-executiva de Vigilância da SES, Júlia Vaz, a Paraíba não registrou nenhuma ocorrência, mas todo o país está em alerta para evitar uma epidemia.
A DENV-4 tem os mesmos sintomas e tratamento dos outros tipos virais (1, 2 e 3), entretanto, o grande problema é que a maioria da população não possui imunidade contra o vírus (especialmente crianças, adolescentes e adultos jovens), aumentando o risco de propagação da doença.
Segundo Júlia Vaz, o Estado continuará executando o plano de contigência da dengue que prevê ações como qualificação e aquisição de pessoal e organização da rede de laboratório de saúde pública.
“A prevenção da dengue do tipo 4 é igual a todos os outros sorotipos, então vamos continuar fazendo o controle ambiental e tentando conscientizar a população de que o combate está dentro da casa de cada um”, enfatizou Júlia.
Segundo o último boletim epidemiológico da SES, em 2011, já foram registrados 2.884 casos de dengue na Paraíba, sendo 360 confirmados como dengue do tipo clássica, oito com complicação e quatro como febre hemorrágica. Neste ano, ainda não há registro de óbito por dengue no Estado.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), há notificação de DENV-4 nos estados de Piauí e Bahia, mas ainda não há detalhes do número de casos. A maior concentração do vírus está no Amazonas (11 casos), Roraima (4) e Pará (3). O MS ainda aguarda a conclusão de exames que estão sendo realizados no Instituto Evandro Chagas, em Belém, que é o laboratório nacional de referência para dengue.
Após 28 anos sem notificações, os primeiros casos (10) do DENV-4 surgiram em Roraima, em julho de 2010. De setembro até dezembro, não houve registro, mas em janeiro de 2011 houve a confirmação de um caso no Amazonas.
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