Neste sábado (23) completa um mês da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou como inválida a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010. A decisão beneficiou o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), que ganhou o direito de assumir uma vaga no Senado Federal. No entanto, diferentemente do que o tucano esperava, passados 30 dias, ele continua fora do Congresso Nacional e sem expectativa de data para tomar posse.
Candidato mais votado na disputa pelo Senado no pleito do ano passado, com mais de um milhão de votos, Cássio teve sua candidatura barrada com base na Lei da Ficha Limpa pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com a decisão do STF, o ex-governador acreditava que seu calvário havia acabado, mas ele continua se prolongando.
Logo após a decisão, Cássio disse confiar que estaria tomando posse em no máximo 30 dias. Naquele momento, o Recurso Extraordinário impetrado por sua defesa estava no gabinete da Procuradoria Geral da República (PGR) e o tucano confiava que ele logo seria encaminhado ao ministro Joaquim Barbosa, relator do caso. O que só veio a acontecer na noite do último dia 15. O ex-governador chegou a se queixar por várias vezes do fato de o processo não andar. “Não sei por que tanta demora”, disse em uma recente entrevista.
Na última segunda-feira (18) a defesa de Cássio entrou com uma petição no STF pedindo que o ministro Joaquim Barbosa desse celeridade ao julgamento do recurso. Por outro lado, no mesmo dia, foi registrada a entrada de outra petição. Movida pelo vereador de Santa Luzia, Bivar de Sousa Duda (PT), ela pede que o recurso seja desprovido e que o processo seja devolvido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Já na quarta-feira (20) todas as petições foram anexadas ao processo e com isso Joaquim poderia se pronunciar sobre o caso. No entanto, em função do feriado da Semana Santa, a decisão do magistrado acabou não saindo.
Nesses 30 dias após a decisão, Joaquim Barbosa já deu provimento a quatro recursos similares ao de Cássio. O fato aumenta a confiança do ex-governador para que a decisão seja igual.
“Eu nunca perdi a confiança em Deus, eu nunca deixei de perseverar, nunca deixei de acreditar que esse resultado final positivo chegaria. Se Deus quiser, a solução do problema está mais perto do que longe”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário